15 de out. de 2012

“Tempo de travessia – largar o peso da bagagem e viver a leveza da liberdade”

Foto de Eliza Carneiro

“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo. E esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia. E se não ousarmos fazê-la, teremos ficado para sempre, à margem de nós mesmos”.
(Fernando Pessoa)

            A foto de Eliza Carneiro, tirada no Jalapão, nos entusiasma a realizarmos a travessia e, tal como os garotos da foto, ‘abandonar as roupas usadas’ e pular com coragem rumo à outra margem, vivendo a leveza da liberdade sempre presente no coração da criança.   

            E, para encorajar, nesse momento de escolha e decisão, iniciamos a semana compartilhando um texto inspirador de Osho, abrindo nossos horizontes para novos ciclos, agora alicerçados no caminho do Coração:

“A palavra coragem é muito interessante. Ela vem da raiz latina cor, que significa "coração". Portanto, ser corajoso significa viver com o coração. E os fracos, somente os fracos, vivem com a cabeça; receosos, eles criam em torno deles uma segurança baseada na lógica. Com medo, fecham todas as janelas e portas – com teologia, conceitos, palavras, teorias – e do lado de dentro dessas portas e janelas, eles se escondem.

O caminho do coração é o caminho da coragem. É viver na insegurança, é viver no amor e confiar, é enfrentar o desconhecido. É deixar o passado para trás e deixar o futuro ser. Coragem é seguir trilhas perigosas. A vida é perigosa. E só os covardes podem evitar o perigo – mas aí já estão mortos. A pessoa que está viva, realmente viva, sempre enfrentará o desconhecido. O perigo está presente, mas ela assumirá o risco. O coração está sempre pronto para enfrentar riscos; o coração é um jogador. A cabeça é um homem de negócios. Ela sempre calcula – ela é astuta. O coração nunca calcula nada.

O Amor não deveria ser exigente,
senão, ele perde as asas e não pode voar;
torna-se enraizado na terra e fica muito mundano.
Então ele é sensualidade e traz grande infelicidade e sofrimento.

O amor não deveria ser condicional, nada se deveria esperar dele.
Ele deveria estar presente, por estar presente, e não por alguma recompensa, e não por algum resultado.
Se houver algum motivo nele, novamente seu amor não poderá se tornar o céu. Ele está confinado ao motivo; o motivo se torna sua definição, sua fronteira.
Um amor não motivado não tem fronteiras:
É a fragância do coração.”


“A sua visão só se tornará clara quando puder olhar para o seu próprio coração.
Quem olha para fora sonha; quem olha para dentro acorda.”
Carl Gustav Jung


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