27 de abr. de 2011

HONESTIDADE, AUTO-RESPEITO e HUMILDADE


A Oficina de Cinema vivenciada no Espaço Matrix com o filme: “Ten promises to my dog”, retrata como a relação com um cãozinho pode ensinar e modificar de forma saudável as relações humanas, baseada na honestidade consigo.

O ideograma acima – HONESTIDADE – convida a uma reflexão, ampliando a percepção de seu significado em nossa vida cotidiana nas relações que estabelecemos conosco e que se estende, conseqüentemente, com as pessoas ao nosso redor.

A necessidade para esse olhar interior, ainda que revelada de forma inconsciente em nosso dia-a-dia, é explicitada no filme não apenas como uma possibilidade de mudança, mas principalmente como uma rica oportunidade de transformação na busca da integridade do ser humano que se estabelecerá em retas relações de convivência neste aprendizado que é a vida.

Contudo, perceber alguns aspectos que se relacionam à construção da honestidade - que representada por cada ideograma que a compõe respectivamente significam, “falar” e “fazer” - nos ajuda a alicerçá-la para exercê-la conscientemente, conforme nos elucida o texto abaixo:

“Ser honesto consigo mesmo e com os outros é fundamental.
Honestidade é uma virtude do ser humano digno, decente, íntegro e honrado.
A humildade não pode existir sozinha. A humildade tem que existir junto com o auto-respeito.
A humildade, quando não vem acompanhada do auto-respeito, pode levar a pessoa a experimentar uma atitude de submissão excessiva, que, por sua vez, desperta um sentimento de inferioridade. E uma pessoa que esteja sofrendo de complexo de inferioridade não é capaz de crescer, de manifestar o seu potencial.
Da mesma maneira o auto-respeito, na ausência da humildade, pode tomar a forma de arrogância. O auto-respeito em si só é um valor importante, mas quando ele não vem acompanhado da humildade pode tomar a forma do orgulho, da arrogância.”
(Textos e Ensaios de Jordan Augusto – www.bugei.com.br)

Assim, a tríade - Honestidade, Auto-respeito e Humildade - abordada acima, clarifica a compreensão de como colocamos em prática a honestidade em nossa esfera pessoal ao considerarmos os aspectos do auto-respeito e da humildade em nossas relações.
Este olhar mais cuidadoso diante de nossos anseios ocultos na busca de nossa integridade, nos proporciona a oportunidade de rever e corrigir conceitos acolhidos e refletidos equivocadamente em nossas atitudes relacionais, comprometendo essa convivência honesta que, como vimos, começa dentro de nós.

Lembrar que, ser honesto, especialmente consigo mesmo, envolve permitir-se errar e permitir-se o perdão ao olhar suas imperfeições ou impulsos menos dignos, acolhidos como reflexos do perfeccionismo e da auto-cobrança. E que, este reconhecer não significa “assumir, e sim olhar para si com compaixão e aceitação, aprendendo a conciliar-se com a sua parte que ainda não aprendeu a amar.” (Lições para o AutoAmor)

Cultivar e despertar o Amor dentro de si faz revelar a honestidade da alma - essa é apenas uma das percepções acolhidas na primeira Oficina de cinema.
O Espaço Matrix reverbera sua Gratidão pela oportunidade dessa partilha.

19 de abr. de 2011

Identidade e Renascimento

A palavra Identidade, inicialmente, nos remete aos aspectos físicos que identificam algo como real e palpável - como “o conjunto de caracteres próprios e exclusivos com os quais se podem diferenciar pessoas, animais, plantas e objetos inanimados uns dos outros, quer diante do conjunto das diversidades, quer ante seus semelhantes.”

            Mas, o que de fato compõe a real Identidade?
O que está além das formas explícitas e das aparências materiais nem sempre visíveis a “olho nu”?

            Por detrás de tudo o que as aparências denotam está a vida, a sustentação, o propósito a que a identidade nos serve.

            Assim, Alberto Lima, ao desenvolver o logotipo para o Espaço Matrix - em doação incondicional - revelou a partir de seus talentos natos, a essência, o propósito a que o Espaço Matrix se dispõe a servir, promovendo uma identidade visual a esse novo Espaço que se concretiza na matéria.

            Revelando o seu propósito, o logotipo do Espaço caracterizado como uma Mandala nos conduz ao ato da meditação, contribuindo para o exercício de “mergulharmos em nós mesmos, auxiliando a concentração e a realização da experiência interior” como um caminho de percepção e inclusão na totalidade que configura a Unidade. Onde, as mandalas "são imagens ao mesmo tempo sintéticas e dinâmicas, que tendem a superar as oposições do múltiplo e do uno, do espaço-temporal ao intemporal e extra-espacial."

            A “base numérica 10” estimula as qualidades do dinamismo, da atividade e do otimismo, trazendo ao plano material a aceleração, a mudança de ciclo e a sorte para todos os que se conectarem com a sua Matriz Essencial, uma vez ancorados no plano espiritual como fonte de compreensão da roda da vida bem como de sua aceitação.
            Entendendo que, desse modo, a alegria e o entusiasmo passam a atuar no plano emocional, impulsionando-nos para a ação, ativados pelos processos energéticos latentes em nosso potencial interno.

A flor de lótus no centro da Mandala, traz o significado do renascimento, onde flores “simbolizam a chegada da primavera, a efemeridade da vida e da beleza, a vida que sempre se renova. Revelam que um ciclo evolutivo pessoal está se acelerando.”

Aproveitando o período propício e favorável com a mensagem de Renascimento que a Páscoa nos proporciona, o Espaço Matrix os convida a uma meditação sobre essa Mandala, como um mergulho dentro de si para acessar a “nova” Identidade que sustenta toda a nossa vida na matéria e que nos impulsiona a renovação contínua nesse processo de evolução pessoal e grupal.  

            Feliz Páscoa! Feliz Renascimento!
           



15 de abr. de 2011

BEM-AVENTURANÇA


Como vivenciar a Bem-aventurança em tempos de aparente caos?

A Oficina de Leitura inaugural realizada no Espaço Matrix traz à luz da consciência, a importância de vivenciar o “presente precioso” como fonte de inspiração para a transcendência dos nossos desafios cotidianos.
            O propósito da oficina é o de transcender o exercício da leitura racional ao trazer para a vivência prática o conteúdo principal do livro “O Presente Precioso” como ferramenta para acessarmos a bem-aventurança nesses tempos de aparente caos.

            O “Buda risonho” do Espaço Matrix que ilustra esse artigo, irradia através de sua expressão, a alegria e a plenitude da bem-aventurança – que substituem todo estado de ansiedade, preocupação, agitação, apatia ou depressão - quando acessamos e nos conectamos com a “presença de espírito” que nos remete, imediatamente, à vivência do momento presente como caminho efetivo de ação e realização.

            E, afinal...
            “Que vem a ser, pois, a bem-aventurança? E como encorajar sua presença em nosso cotidiano?”

            Conforme relata John Selby, no livro “Sete mestres, um caminho”, “Ela talvez seja mais bem definida por aquilo que não é. Não é medo. Não é apreensão. A bem-aventurança só existe na ausência de ansiedade. Além disso, não se pode chamá-la de cólera, crítica, rejeição ou recusa: nada do que é negativo lhe diz respeito.
            A bem-aventurança medra na presença do amor, da compaixão, da aceitação, da confiança – de todas as coisas positivas.
            A bem-aventurança é a corrente do Espírito puro que se derrama em nossa vida. É o nosso estado natural, quando renunciamos a todos os pensamentos, julgamentos, contrações e crenças, além de outros fardos cognitivos, e simplesmente nos abrimos para a paixão de estar vivos, repletos da fonte absoluta da vida: o amor e a infinita alegria criativa de Deus.
            Eis uma verdade psicológica: quando não há medo nenhum na mente, há a abundância de alegria. De igual modo, como diz Krishnamurti, ‘Quando não existe passado, existe a bem-aventurança do presente’. Se nos voltarmos de todo para as esferas perceptivas da consciência e agirmos a fim de aquietar a mente aferrada ao passado, com seus pensamentos e associações, sem dúvida suscitaremos a experiência natural da bem-aventurança no aqui e agora”.
           
           

7 de abr. de 2011

Jardim do Espaço Matrix


“Com o trabalho paisagístico no projeto de criação de Carla Mago e paisagismo de Graziela Lima, um desenho do
TAO - o yin e o yang - com grama e pedriscos - faz um convite a adentrar o Espaço com harmonia, buscando o equilíbrio no centramento do Ser Essencial."

O exercício da manutenção do jardim, em princípio, nos remete à limpeza e organização das ervas daninhas, das folhas que caem, dos papéis e objetos trazidos pelo ar...
Contudo, a experiência de vivenciar esse jardim, em níveis mais sutis de percepção nos conduz, simultaneamente, a um outro processo que transcende a limpeza do espaço físico em si...
É a organização dos pensamentos e dos sentimentos que transitam, inconscientemente, em nossa rotina diária. Pois quando recolho, com as minhas mãos, as folhas que caem suavemente dos galhos que a sustentaram, consigo com a mesma leveza, permitir que os pensamentos e sentimentos "daninhos", que por muitas vezes poluem o nosso habitat natural, sejam postos em liberdade com a mesma leveza das folhas que caem, nessa entrega e permissão naturais do ciclo da vida.