16 de nov. de 2011

Os efeitos benéficos do encontro consigo mesmo

*Foto tirada por Ada Moderiano em “efeito espelho”

Toda prática que nos conduz ao olhar interior – à nossa essência divina - seja por intermédio das religiões, egrégoras, meditações, filosofias, artes (corporais, musicais, plásticas), palestras, workshops, textos e mensagens que nos chegam pelos múltiplos caminhos do mundo tecnológico e até mesmo por pequenos gestos nas nossas interações cotidianas - como um olhar compassivo, uma palavra de carinho, um abraço, um “ouvido” - contribui, silenciosamente para a construção de uma Nova Visão, um novo viver que estabelece na face da Terra uma tônica mais amorosa, compassiva e integrativa.

Pois, conforme comentamos nos artigos anteriores é esse olhar amoroso produzido pelo encontro consigo mesmo, com as nossas raízes e com a nossa essência divina que nos faz reconhecer a todos como iguais, reconstruindo essa nova visão de totalidade e Unidade.

O olhar amoroso para si, faz despertar o olhar amoroso para com o nosso próximo, dissolvendo por intermédio do perdão (principalmente a si mesmo) todas as aparentes diferenças que nos separam uns dos outros, restabelecendo a percepção do pertencimento como direito inerente de todos nós como imagem e semelhança do Criador.

O perdão torna a nossa bagagem mais leve nessa travessia que é a vida.
E, quando esse exercício do perdão se torna uma constante em nosso viver cotidiano, constatamos por experiência própria que, quanto mais nos despojamos de toda a carga de amargura, ressentimentos, mágoas, culpas e julgamentos, mais “alto” podemos chegar. Entende-se por “alto”, um estado mais sublime - de alegria, de confiança, de bem-aventurança - que não nos exime dos desafios, contudo nos capacita a vivenciá-los de forma mais realista, assertiva, eficaz e com muito mais leveza e rapidez – expressão da Sabedoria realizada com Amor.

Então, a nossa passagem pela vida passa a ter outro sabor, outro aroma, um novo significado, pois “quando você vai mais fundo dentro de si mesmo, fatalmente encontra figuras muito queridas” *, uma vez que pode olhar com Amor para o propósito a que suas “sombras” lhes servem, ao perceber o “efeito espelho” que o “outro” lhe remete - caminho que unifica e liberta. (Tal qual a imagem da foto acima, que por intermédio do efeito espelho, forma em seu centro a sugestiva imagem da liberdade representada pelas asas, nas figuras simétricas que se unem ao centro da foto).
  
            E, então, vamos redescobrindo aos poucos, a beleza e a luminosidade de nossa verdadeira essência e, melhor ainda, vamos permitindo o fluir dessa essência, revelando ao mundo todos os nossos talentos natos que dela provém e que vão configurando a missão a que viemos para servir, cada qual com a sua nota única e especial, contribuindo para o Todo. Onde há espaço para todos, agora sem competições, apenas comunhão!

E, assim despertamos para a percepção da plenitude - quando o propósito da missão se une às habilidades pessoais, até então adormecidas e ocultas, mas com todo seu potencial reservado para a grande hora, a grande obra!

E, num lampejo compreendemos que o momento para realizar a grande obra é sempre o AGORA - nem o antes e nem o depois - pois cada instante presente nos oferece essa oportunidade do “encontro consigo mesmo” que nos capacita a exercitar as mais belas “figuras” de nós mesmos para o Servir. 

* Zen – sua história e seus ensinamentos - OSHO

Um comentário: