19 de out. de 2011

ACEITAÇÃO: Luz no fim do túnel

* Foto de Ada Moderiano tirada no Espaço Matrix


“Um novo mundo de inúmeras oportunidades já está disponível”

Essa é uma afirmativa que, inicialmente, nos envolve em novo ânimo e disposição, afinal, quem de nós não almeja galgar degraus sempre mais elevados de desenvolvimento e evolução?  

            As escolhas são livres e, dependendo da nossa disposição, tornam-se múltiplas ao encararmos esse novo cenário com entusiasmo, esperança, coragem, medo, comodismo, apego, enfim, temos um leque de possibilidades que estão ocultos em nossas decisões.
           
Muitas vezes, esse processo de escolha nos coloca numa encruzilhada, configurando momentos de crise - cenário tão temido em quaisquer contextos que possamos imaginar: pessoal, conjugal, familiar, profissional, financeiro, social, mundial – e por aí vai.

Contudo, o ideograma oriental que representa a palavra crise possui dois significados muito otimistas: mudança e oportunidade.
           
Então, quando tomamos a decisão de dar um passo à frente, ativando o nosso “visionário interior”, somos automaticamente abastecidos por todos os “ingredientes” que nos capacitam ao processo de mudança.

E, como ocorre em todo processo de mudança, já começamos com a primeira oportunidade: a de realizarmos uma limpeza, fazendo a seleção do que não precisamos mais. Pois, carregar bagagem à toa não é o mais adequado, especialmente se desejarmos uma caminhada mais leve e amena.

Assim, superamos o primeiro empecilho no caminho, nesse exercício de desapego à “velha ordem” que a mudança exige, ao liberarmos com gratidão tudo o que nos serviu para abrir espaço para o novo, para a oportunidade, como vimos no ‘post’ das duas semanas que se passaram.

Mas será que só isso basta?
Nem sempre...

Pois, ao nos movemos para um novo patamar de percepção, descobrimos ao olhar pra trás, que o Novo esteve sempre disponível, e que muitas vezes nós é que não sabíamos como acessá-lo, acolhê-lo, recebê-lo e vivenciá-lo!

O que nos impede de aceitar plenamente as oportunidades de receber a prosperidade que o “novo” contém?

Uma das causas é a nossa visão ainda fixada nos antigos padrões que dicotomizaram a nossa humanidade de sua filiação divina - ciência e espiritualidade - dissociando a Integridade do nosso Ser, de nossa existência nessa experiência de vida, quando na realidade não há nenhuma separação e sim, uma continuidade. Pois somos a expressão do espírito, vivificado na matéria.

E, somente quando aceitamos a nossa humanidade, com todas as imperfeições que ainda contém, compreendemos que é exatamente ela que nos provê os recursos do auto-aprimoramento, que nos permite transformar o “chumbo em ouro” e vivenciar em plenitude todas as benesses que nos libertam para o estado de comunhão com a vida - quando então, passamos a trabalhar, matéria e espírito, em parceria e harmonia.

Contudo, é a partir da Aceitação em todos os seus aspectos, que a Oportunidade pode ser aproveitada integralmente! A oportunidade de conciliarmos a vida interior com a vida exterior que se traduz em realizações dos verdadeiros propósitos, quando retornamos à fonte - nosso verdadeiro lar - para concretizá-los em nossa passagem pela Terra.

E para isso temos inúmeras ferramentas, que nos conduzem a um olhar mais aprofundado sobre si mesmo no intuito de aceitarmos nossa humanidade, como pré-requisito para a integração com a nossa espiritualidade. E o caminho, como comentamos em artigos anteriores é o caminho do coração – AMOR.

Compartilho com vocês, trechos do artigo “Ego e Corpo, Centro, Amor e Aceitação” de Maria Lúcia Lee, sugerindo que leiam na íntegra, acessando o seu link, após o texto:
“Considero que todas as práticas corporais chinesas são para o auto conhecimento. Nesse caminho, o 1º passo é se aceitar, com suas limitações, ignorâncias e até mesmo com a sua descoordenação física. Aceitando-se, a pessoa para de brigar consigo mesma e então é possível se observar para agir e transcender.
Aceitar é também ser humilde. Afinal, não somos tão importantes assim frente a uma existência tão ampla. Se eu precisei, por exemplo, agir errado no passado para ter condições de discernimento agora, o mínimo que posso fazer é praticar a aceitação desses erros que foram e são ainda tão importantes para que eu tenha essa minha compreensão de hoje. E assim vamos conseguindo aceitar mais facilmente as atitudes dos outros também.
Falar é fácil. O problema é que aceitar, muitas vezes, na prática, não é tão simples assim. Por isso é preciso uma força muito poderosa, que também é citada no texto original do Dao De Jing. Trata-se de uma chave para transcender, que na filosofia yin-yang, é a força de união entre os opostos: o amor.”
“Eu Sou grato à Vida, à Luz e ao Amor. Eu Sou sempre grato”
(Egrégora Grupal)

3 comentários:

  1. Parabéns Fá ... que ótimo texto !

    ... tô começando à entender o porque dos nossos presentes trocados !!!

    beijos ... Cá

    ResponderExcluir
  2. Que lindo!!!
    Cada texto é um convite a novas tentativas de buscarmos o melhor em nós.
    Quem manda é Bete.(Como não consigo mandar de outra forma, vou enviar como anônimo), ok?
    Bj

    ResponderExcluir
  3. O alvorecer acontece todos os dias,é so identifica-lo,assim o novo esta sempre presente é a escuridão das velhas formas que nos impedem de vê-lo Ada

    ResponderExcluir