*Foto de Eliza Carneiro
Hoje estou em
silêncio... sem palavras, apenas entregue ao Amor...
Apenas compartilho um
texto que chegou até aqui, por amigos da rede virtual* que ressoam lindamente
dentro de mim...
Em profunda Gratidão:
“A
palavra Anahata, que nomeia o Chakra do Coração em sânscrito, significa
invicto, inviolado. Se carregamos mágoas no peito, elas se hospedam no espaço
externo desse Chakra, encobrindo-o e impedindo nosso contato com ele, mas não
penetram no íntimo dele. No momento em que entramos em contato com o chakra,
percebemos que a essência de nosso sentimento nunca foi violada por nada que
possa ter contrariado nossas vontades e convicções.
O
centro do Anahata Chakra é um espaço onde a pureza e a inocência estão
intocadas e preservadas. Esse espaço secreto é o Shangri-lá que todos temos no
peito, nosso jardim secreto, com flores de uma fragrância especial e divina, de
um aroma íntimo, que revela os segredos da inspiração e da felicidade. Ao
tocá-lo, evaporam-se quaisquer sentimentos de rancor, vingança ou
mesquinhez.
O Chakra do Coração traz consigo a possibilidade de entrarmos
em contato com um espaço interno que permanece puro e intocado por todas as
incompreensões e violentações de nossa biografia. Nesse lugar, nos percebemos
plenos, sadios e capazes de lidar com cada situação nova à nossa frente, de
maneira harmônica. Muitos dizem que esse chakra possui uma infinita capacidade
de regeneração emocional, mas, na verdade, ele permite o
contato com algo que nunca chegou a ser maculado e não precisa ser regenerado –
a capacidade de amar, que se mostra inteiramente viva dentro de nós.
No caminho
até o centro do chakra podemos encontrar barreiras, nuances, sinuosidades e até
caminhos tortuosos. Se anteriormente fomos estimulados a abafar a manifestação
do chakra, as dificuldades se apresentam, mas o caminho até ele existe. E, se
fomos nós quem o tampamos por inconsciência, podemos desimpedí-lo com a
meditação. De qualquer modo, o centro do chakra permanece intacto e fresco. O
tesouro permanece aí, inviolado.
O
Anahata Chakra promove regularidade à vida, sem que essa regularidade se
confunda com monotonia. No centro dele é possível escutar o “anahata-nada”.
Nada, na Índia ancestral, significa som. O Anahata-nada é um som contínuo, não
corrompido, sem início e sem fim, que podemos escutar desde o princípio até o
final dos tempos – se é que existe o final dos tempos. É um som infinito e ao
escutá-lo, temos – só por esse ato – uma conexão direta com o infinito, uma
conexão de nossa alma individual com a alma universal e ilimitada.
A
palavra Anahata também pode ser traduzida por “não tocado”. Este chakra – do
coração e do afeto – nos leva a uma sensação de virgindade em relação ao mundo,
nos sentimos virgens em cada novo instante que vivemos, limpos e livres para
viver o momento de uma maneira totalmente fresca e nova. Quando se chama o
conteúdo desse chakra de “não tocado”, evidencia-se que o amor experimentado
anteriormente é diferente do amor que brota agora. E será sempre diferente, a
cada vez. É como ilustra a parábola de Heráclito: “não se pode pisar duas vezes
no mesmo rio”; você pode dar o mesmo nome ao rio que está à
sua frente e ao que estava ontem, mas a água que está passando nele é outra.
Ele é outro. O amor é sempre inédito, é sempre verde, é sempre algo surgindo do
nada dentro de nós. É uma força brotando do zero.”
* Satbodhi Lisboa – com suas mensagens inspiradoras no facebook que me
conduziu a * Pedro Tornaghi – autor do texto
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